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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Raymond Carver

Por Maria Ferreira

Antes de começar, quero dizer que há tempos Carver é um escritor muito prezado por essas bandas. Em outubro de 2013, o Rafa traduziu alguns de seus poemas, em dezembro do mesmo ano resenhou o conto Por que não dançam? e em janeiro do ano seguinte resenhou o livro Iniciantes, além disso,  o autor já foi citado inúmeras vezes em outras postagens. Quando eu percebi isso, quase desanimei de escrever sobre ele por aqui, mas resolvi seguir com a ideia porque este ano eu tive o meu primeiro contato com o autor e porque cada pessoa tem sua interpretação individual (apesar da minha não diferenciar muito da do Rafa).



Raymond Carver foi um escrito norte-americano, que se aventurou como poeta, ensaísta e contista e encontrou seu ápice na narrativa curta. Nasceu em 1938, no estado de Oregon. Casou-se aos dezenove anos ao engravidar  uma jovem três anos mais nova, com quem teve dois filhos.
Viveu uma vida turbulenta, marcada pela pobreza e pelo vício no álcool. Precisou trabalhar em diversos subempregos para sustentar a família.

Em 1974 publicou Will You Please Be Quiet, Please? e em 1981, publicou seu livro What We Talk About When Talk Love (Do que estamos falando quando falamos de amor), um de seus livros mais conhecidos e que foi responsável pelo título de minimalista que o autor recebeu. Hoje é sabido que este livro foi completamente alterado por seu editor Gordon Lish. Um caso que provoca certa polêmica, porque há pessoas que dizem que se não fosse por ele, o autor talvez não tivesse obtido tanto reconhecimento e há pessoas que são favoráveis ao autor.

Raymond Carver e Tess Gallagher


Divorciou-se da esposa em 1977. Ano que, com a ajuda dos Alcoólicos Anônimos, conseguiu se livrar do vício e ano que conheceu a poetisa Tess Gallagher, com quem morou nos dez anos seguintes e casaram-se em 1988, pouco antes de Carver falecer devido a um câncer de pulmão.

Atualmente, Carver é considerado um dos grandes contistas do século vinte. Seus contos se inserem no chamado "realismo sujo" pela constante presença do cotidiano, a representação da vida de pessoas simples, numa escrita seca e sem metáforas.

Os contos do autor podem ser encontrados no Brasil pelos livros "Iniciantes", de 2009 e "68 Contos de Raymond Carver", de 2010; ambos publicados pela Companhia das Letras. É importante dizer que em "Iniciantes" temos a versão original dos contos alterados por Gordon Lish e em "68 Contos...", temos a versão alterada. A Rocco publicou o livro "Fique Quieta, por favor", mas atualmente a edição de encontra esgotada. Seus poemas ainda continuam inéditos por aqui, mas é possível encontramos algumas traduções pela internet.


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