Não existe nada tão precioso quanto
o ócio, pois é no ócio que criamos a nossa maior virtude linguística: o
silêncio (o nada). Digo isso por que o ser humano é um “animal social” com toda
sua inquietude sobre sua existência, diferente de um gato que têm como oficio
principal lecionar o ócio; o ser humano nunca foi tão preocupado em não ter
nada o que fazer. Eu choro quando uma pessoa diz que não consegue ficar sem
fazer nada, mas por quê? “Cabeça vazia é oficina do Diabo”, então, tenho que
dizer que o Diabo não é o pai do Rock’n roll atoa. Eu não me vejo sem meu ócio.
O ócio é a única forma de me sentir em liberdade plena. O ócio é minha
filosofia mais bem paga. O ócio é minha amante ruiva. O ócio valoriza uma
cagada no banheiro. Só consegue aproveitar a vida aquele que sabe o que é ter
um ócio pra chamar de seu. Nada de assistir filme ou ler um livro, PARE,
respire e, muito depois continue. O ato de “não fazer nada” é que mexe com o
nosso criativo, aprendam jovens gafanhotos que é dali do “nada” que surgi a
nossa matéria-prima. Infelizmente ninguém sabe disso, mas com o ser humano
ficando cada vez mais “casmurro” o ócio é associado sempre a uma figura
pessimista e, tenho que intervir nessa loucura social, o ócio não é nada disso
que vocês estão pensando. Você precisa do ócio para chamar de seu. Não percam o
ócio de vista tenha ele sempre em doses caprichadas, faça o favor, e coloque
mais um pouco de “nada nas coisas” não perca o seu ócio de vista.
"O consumismo é criação do efêmero e, para superar isso o ser humano atribui um pedaço de papel equivalendo sua existência"
Encontros
e Caminhos
Existem certos momentos na vida que
decidimos fazer certas escolhas que são por vezes inevitáveis, o mais correto a
se fazer é decidir de vez o caminho que vai se seguir. Seguimos não o caminho que
queremos, mas o caminho da sobrevivência. Minha mãe me perguntou o que iria
fazer da minha vida. Falei: vou ser poeta.
“Poeta não ganha dinheiro você tem que ganhar dinheiro”. Ela disse. E
isso me move até os dias de hoje e, talvez, para todo o sempre. No alto da
minha ingenuidade corro, penso que isso ocorre porque de tudo você quer ser um
pouco, querer escrever poemas; todos já escrevemos. A vida é um grande livro
escrito por sons e pegadas dos movimentos urbanos e naturais de toda a fantasia,
faz parte da sobrevivência humana a existência é produto do viscoso mistério
que em tudo nela circunda. Escolher que caminho deve-se seguir em tempos como
esse é encontrar-se na satisfação pessoal e financeira. O consumismo é criação
do efêmero e, para superar isso o ser humano atribui um pedaço de papel equivalendo
sua existência. Agradar o velho ego com mimos do puro conforto onde à procura
está na sobrevivência destes poemas, destes sacos de confete. É ser você nos
outros repetitivamente. Dessa vez não somos o que queremos ser: somos o desejo
do produto anseio. Não importa qual seja a moeda de troca “o que importa é que
já não importa” o que importa é existir. Isso é vicio. Vida que segue sem saber
qual o verdadeiro lazer espiritual. O pedreiro chorará se não for construir seu
mundo; tijolo por tijolo ele constrói sua existência. Da mesma forma o poeta, o
cronista, o patrão; vão reinventando sua estadia na terra. Não é só para ganhar
dinheiro é para ganhar algum sentido para essa vida.
Subirusdoistiozin
Não, não sou nenhum louco (ainda).
Vou aparecer aqui de vez em quando escrevendo alguma coisa sobre a vida
explicando o quanto a vida é chata, talvez, mas dependendo do dia/hora/mês/ano
as crônicas que vou escrever podem ser a qualquer momento tipo propaganda da Jequit
(ou seja, quando eu tiver tempo para publicar-las). Não chorem, mas chorei muito
para o Raphael me aceitar no blog, ele me deu carta amarela para escrever sobre
o que eu quiser, mas como eu prefiro evitar a fadiga escolhi escrever crônicas/anedotas/aforismos
copiando quase sempre os grandes mestres do oficio: Paulo Mendes Campos, Rubem
Braga, João do Rio, Martha Medeiros (por que não uma contemporânea) por que a
crônica é livre como um pássaro preguiçoso, eu posso fazer uma resenha de
alguma coisa sem ser “uma resenha” (sem atribuir uma nota) posso falar sobre a
vida e como ela é chata, mas acima de tudo posso dar o meu ponto de vista (que
é muito importante) sobre o mundo sem dar o meu ponto de vista sobre o mundo,
entendeu? Então, sem mais asneiras eu sou Ernane de Sousa e espero ter agradado
a todos vocês (ou você, solitário leitor). Não me levem tão a sério. Nos veremos
logo em breve.
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