É bem raro que eu escreva de séries, isso porque a maior parte das que eu acompanho e acompanhei ou já estão muito avançadas nas temporadas e eu só as descobri recentemente (Curb Your Enthusiasm, Louie) ou são antigas (Seinfeld, Monty Python's Flying Circus) ou foram canceladas (Bored to Death). É a primeira vez que eu assisto uma que nem foi definida como série ainda, que só lançou o piloto e ainda está no limbo, apesar de eu ter quase certeza que vai ser pega. Sendo assim, considerando a raridade que é ver uma série nesse blog, vocês já podem imaginar que a coisa é boa. Pra não perder o costume, falarei sobre o enredo desse primeiro episódio.
Começa com Hailey (Lola Kirke, que trabalhou no nacional e bem interessante. embora eu não tenha visto ainda, Flores Raras, baseado no romance Flores Raras e Banalíssimas), jovem oboeísta que dá aulas para um moleque desinteressado, mas de família rica, além de outros bicos para poder sobreviver, como por exemplo parte da banda de apoio no musical Oedipus Rocks (sim, uma sátira de Édipo Rei, musical, usando canções do Styx - Come sail away/come sail away/come sail away with me...). Enquanto isso, o maestro Thomas (Malcolm McDowell, conhecido por Calígula e Laranja Mecânica) encerra seu último concerto e apresenta seu substituto, Rodrigo (Gael Garcia Bernal, conhecido por Amores Brutos), um jovem excêntrico, mas muito premiado e disputado pelas orquestras de todo o mundo (possível sátira do maestro Gustavo Dudamel, que ganhou o prêmio Mahler aos 20 anos de idade, enquanto Rodrigo ganhou aos 12). Rodrigo chega anunciando mudanças, o que não agrada nem um pouco a Thomas, que por sua vez percebe que sua apreensão é devida somente ao fato de que o tempo dele passou e Rodrigo não é tão distante do que ele era quando jovem.
Nada melhor para falar de incesto e tragédia que Styx. |
Metrônomo + Baseado, muito eficiente. |
Por enquanto, as primeiras impressões foram de grande surpresa. Eu não esperava tanta confiança e precisão de uma série nova, a maior parte dos personagens já parecem muito bem formados e com uma história própria bem promissora. Até os secundários, caso sejam mantidos - não sei exatamente quem é importante ou não ainda -, têm potencial e são interpretados por atores excelentes.
Joshua Bell encontra Calígula. |
Para fins informativos, a série, além de ser baseada no livro já citado, foi criada por Jason Schwartzman (da ótima série Bored to Death, da qual falarei um dia, e mais uma série de filmes do Wes Anderson) e Roman Coppola (atenção ao sobrenome). Eu pretendo acompanhar, caso o piloto vire série, e recomendo principalmente aos que se interessam por música clássica; aos que não, vale experimentar, a série por si só, sem música, é bem interessante.
Nota: 5/5 - farei outra resenha no fim da temporada, só pra comparar. (Avisando, a série já pode ser encontrada no PirateBay, ou de graça no site da Amazon - eles têm um canal de TV nos EUA agora e são eles quem se propuseram a passar essa série.)
Umas cenas, só pra dar o gosto:
E essa é a excelente interpretação da quinta de Beethoven, por Gustavo Dudamel, só pra vocês compararem com o Rodrigo.
Pense por um lado você ainda assiste séries, eu só assisto se tiver uma companhia mesmo, sozinho eu não consigo. Achei bem interessante esta série. Ainda não tinha ouvido falar, também adoro tudo o que é muito bem filmado.
ResponderExcluircaminhandoemmarte.blogspot.com.br
Muito legal, eu adoro séries, vejo muitas e fiquei interessada nessa. O legal é que essa é o tipo de série que meu marido veria também, então posso ver com ele, pois vejo milhares de séries, algumas vejo com ele e grande parte delas sozinha, pois ele não consegue engolir. kkkk
ResponderExcluirTambém gosto muito de séries muito bem filmadas, dessas que poderiam ser filmes. Game of Thrones é desse tipo de série, muito bem filmada, costumo dizer que Game of Thrones é um filme que vejo toda semana.
Vou procurar o primeiro capítulo pra assistir, valeu a dica, ainda não conhecia essa série. :)