Olá, você que ainda esbarra com esse canto obscuro e empoeirado da internet. Eu lancei um livro semana passada. Tá na Amazon. Talvez você goste de ler.
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Meus agradecimentos a quem vier a comprar. Comprou? Leu? Gostou? Deixa lá um comentário pras pessoas ficarem sabendo que o livro é bacana.
Primeiramente sim, eu fui fazer o
Enem também seus escroques... Já fiz acho que cinco ou quatro vezes; não lembro
agora, mas não importa. O que importa é que dessa vez, eu fiz realmente por
fazer, e digo que, gostei do resultado. O local da prova que peguei foi perto
da minha casa meia hora a pé oito minutos de ônibus (no trânsito normal do dia
a dia). Eu sempre vou cedo para fazer qualquer coisa, tenho já os meus traumas
de chegar atrasado em: entrevistas de emprego, encontros amorosos (época do
MSN...bons e maus tempos) e festas. Separei o que iria levar para o derradeiro
dia da prova. Uma caneta preta e eu. Na parada de ônibus tinha alguns
conhecidos do bairro, não peguei nenhum ônibus lotado. Lembrei-me das outras
vezes que fiz. Uma das vezes a mais traumática de todas, foi quando eu cheguei
faltando sete minutos para fechar o portão. Nunca corri tanto na minha vida, me
senti como o próprio filho do vento, ou como naquela cena do Clube da Luta, na
qual Tyler Durden manda aquele carinha parecido com o Jiraya correr “corra,
Forrest, corra!” Tipo isso. Cheguei pronto para ganhar o concurso da camiseta
molhada, mas tava valendo o sacrifício. Voltemos para o Enem desse ano. Fui com
a expectativa de achar alguém conhecido lá no colégio. Achei. Todas às vezes
que fiz sempre havia mais de dois conhecidos. Como já estava safo de todas as
regras do Enem, cheguei e fiquei lá de bobeira vendo muitos gatos pingados
suarem sobre o sol de duzentos e cinquenta graus de Fortaleza. Outras pessoas
chegavam e já iam para sala. Algumas ficavam pelos arredores, comiam alguma
coisa compravam água, caneta... etc. Minha primeira impressão é de perceber o
quão as pessoas ficam tensas por conta dessa prova (claro né). Tinha um garoto
de dezessete anos (eu acho) que estava branco, suando como se não houvesse
amanhã, e com um tique nervoso elevado na décima potência. Um pai consolava o
filho dizendo que ia dar tudo certo, uma filha pegava dicas com o irmão, e eu
pela primeira vez estava como um fotógrafo do National Geographic apenas
captando os momentos.
Finalmente entrei na sala depois de
uma hora e meia esperando. Entrei faltavam vinte minutos para fecharem o
portão. Meu primeiro movimento foi escolher um bom lugar para sentar. O ar
condicionado tava até o talo de frio. Peguei uma cadeira que ficasse debaixo
dele. A sala em que fiz a prova era minúscula. As cadeiras eram de plástico. Já
fiz em cadeiras bem piores, uma até que o braço ficava saindo às vezes. Uma das
minhas primeiras raivas foi descobrir que o Enem agora espera meia hora para
entregar as provas depois do fechamento do portão. Lembro de esperar cinco
minutos, mas era por causa da explicação. Essa meia hora é de silêncio pleno.
Mais tempo, mais nervosismo para o bem de todos, mais exaustão, mais vácuo. Uma
das máximas do Enem: “trata-se de uma prova de resistência e conhecimento”
aaaaaaahhhhhhh...então quer dizer que agora o Enem nos leva para as olimpíadas
do rio 2016 também. Legal. Não tiro o mérito para quem estuda e está preparado
para os dois dias de prova. Penso apenas se isso é necessário. Além de ter que
estudar coisas para as quais sei que sou burro para caralhous (saudades
vestibular, saudades das provas especificas), ainda tenho que seguir a dieta do
Enem, manter o corpo em equilíbrio com a mente, assistir os vídeos da Jane
Fonda etc. etc.
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