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domingo, 30 de junho de 2013

Zephyr - Zephyr (1969)


Meu último post foi sobre Rory Gallagher, então hoje decidi falar de outro grande guitarrista subestimado e esquecido com o tempo - Tommy Bolin. Não necessariamente sobre ele, mas sobre sua primeira banda, a ainda mais esquecida, Zephyr, que lançou um álbum de estréia homônimo em 1969, então, em 1971, Tommy Bolin deixou a banda para seguir outras oportunidades. Esse é álbum "mais conhecido" deles e a banda não durou muito mais tempo depois disso - até 72, com uma reunião sem sucesso em 83 - e os discos que seguiram este não foram realmente muito expressivos. 



Um pouco sobre Tommy Bolin, pra quem não o conhece. Ele foi um guitarrista genial que encontrou o sucesso ainda muito jovem e de uma maneira um tanto difícil, substituindo grandes guitarristas em bandas já estabelecidas. Primeiro o Joe Walsh, em 1973, na James Gang, depois o Ritchie Blackmore, na Deep Purple. Raramente ele era recebido de maneira muito calorosa nessas bandas, mesmo tendo qualidade para ocupar a posição, o que diminuiu sua auto-confiança e o fez se atirar nas drogas, principalmente a heroína. Fora os discos com Deep Purple e James Gang, ele gravou uns discos de jazz com o Billy Cobham e o Alphonse Mouzon - deixando claro que todos os discos e artistas mencionados aqui são recomendações minhas, caso o leitor não os conheça - e uns álbuns solo, também excelentes.

Sobre a Zephyr. Nesse álbum, eles são uma excelente banda de rock, com uma boa mescla de blues e jazz, e músicos de altíssima qualidade. Além das guitarras do Tommy Bolin, os outros instrumentos merecem grande destaque, assim como a voz de Candy Givens que, embora parecida demais com a da Janis Joplin, é de arrepiar em algumas faixas. Talvez tenha sido por isso que a banda não sobreviveu, por melhores que os integrantes fossem, a banda não tinha toda uma personalidade. Isso pode ser por causa do curto tempo de vida deles, mas isso nós nunca vamos ficar sabendo, tudo que eu sei é que, na primeira vez que eu ouvi esse disco, pensei que ele fosse um trabalho perdido da Janis - o que não é ruim, de forma alguma, pelo contrário.

Cada faixa merece seu destaque, tendo aquelas mais cadenciadas e que flertam com aquele blues típico de boteco, e outras cheias de improvisos rápidos e ritmos de jazz muito interessantes. É uma pena que essa obra tenha sido praticamente esquecida, assim como os responsáveis por ela.

Nota: 4/5










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