Olá, você que ainda esbarra com esse canto obscuro e empoeirado da internet. Eu lancei um livro semana passada. Tá na Amazon. Talvez você goste de ler.
Esse blog foi encerrado há 4 anos, mas continua recebendo visitas. O endereço mudou em 2016. Como mudei de novo recentemente, vou atualizar. Agora estou aqui:
Olá, você que ainda esbarra com esse canto obscuro e empoeirado da internet. Eu lancei um livro semana passada. Tá na Amazon. Talvez você goste de ler.
Meus agradecimentos a quem vier a comprar. Comprou? Leu? Gostou? Deixa lá um comentário pras pessoas ficarem sabendo que o livro é bacana.
Não é novidade pra ninguém que eu ando cansado do blogue como ele está e que isso afeta a frequência das minhas postagens e o prazer que eu devia ter preparando essas postagens. Ontem, do nada, recebi um dos comentários mais legais desse blogue. (Não desmerecendo os outros comentários que já recebi, pois esse blogue me fez rever meu conceito de "amizade" mais de uma vez e conheci pessoas que se tornaram muito especiais por causa dele e os comentários dessas pessoas têm muito valor etc. etc. e sentimentalismos, mas sequem logo vossas lágrimas). Esse comentário, do/a usuário/a (me recuso a adotar o "x" para neutralizar gêneros das palavras, talvez um dia discorra sobre isso, mas não será hoje) mayDoril (que não deixou contato para resposta ou blog para que eu conheça o seu trabalho - porra!), tecia elogios a este blogue fantástico, mas reclamava por ele não estar hospedado no Wordpress. T'aí uma coisa que eu já pensava há anos. Me mudar para o Wordpress. Mas não sabia como migrar o conteúdo e isso me deixava apreensivo. Vejam bem, são 4 anos de conteúdo. Por isso sempre deixava pra depois a pesquisa sobre a migração.
Nem sei direito o que me atrai no Wordpress. Sinceramente, não sei a diferença (percebi a diferença nos mecanismos de postagem, mas, para o leitor, não sei o que muda), mas sempre estive de olho nessa outra vizinhança e, apesar de conhecer bons blogues no blogspot, o clima do Wordpress parece ser outro, mais parecido com o que me agrada nesse mundo dos blogues.
Usei o comentário como o empurrão a me atirar morro abaixo. Convenci a mim mesmo que era esse meu próximo passo para o blogue e assim foi. Criei o blogue novo, já, está pronto. Não tem nada lá, mas, se vocês digitarem deliriumscribens.wordpress.com, vão achar um blogue vazio com o mesmo slogan "um blogue entre o erudito e o pornográfico. Não é plágio, sou eu. Logo ele não estará mais vazio.
Mas, tio Rapha, e as postagens antigas? Estarão aqui e, aos poucos, serão revisadas e transferidas para lá. Não todas. Filtrarei o conteúdo. Só o que eu considerar bom irá pro blogue novo. Tudo que for inédito será postado lá e não aqui. Logo, sugiro que, se você for um leitor fiel, vá para lá também. Se você me segue por passaralho ou caralivro, as coisas continuarão iguais. Vou continuar compartilhando tudo na página e perfil existentes. O que isso vai trazer de mudança pra mim? A tensão de um blogue vazio. Sim, vou me forçar a enchê-lo de coisas, como eu fazia aqui. Mudanças de conteúdo? Nada que seja fora do comum. Tenho uns planos, mas não pense que será diferente.
Uma coisa que pesou na minha decisão foi o podcast e os colunistas (Ernane, que está em hiato por motivos pessoais, e a Maria, que posta mensalmente). Isso não vai parar. Só vou precisar de um tempo de adaptação, até eu aprender como liberar a edição do blogue para os colunistas no wordpress e como tornar o podcast audível por lá também. Uma hora tudo volta ao que era antes. Tudo me leva a crer que a insatisfação também, mas isso é inevitável.
É isso que eu tinha pra dizer. Espero que não seja grande inconveniente pra vocês, mas está feita a decisão. Até lá.
Olá, você que ainda esbarra com esse canto obscuro e empoeirado da internet. Eu lancei um livro semana passada. Tá na Amazon. Talvez você goste de ler.
Meus agradecimentos a quem vier a comprar. Comprou? Leu? Gostou? Deixa lá um comentário pras pessoas ficarem sabendo que o livro é bacana.
tédio?
nuvens passam pela minha janela
na velocidade de um navio que atraca no porto.
contínua embarcação dos céus, levada pelo vento,
e o vento balança minha cortina
como uma mão embala seu recém-nascido
num baile
pra lá e pra cá
tão leve e gentil,
e a fumaça de tabaco
que eu sopro da minha boca
se expande e domina com seu perfume de
grama cortada e terra e lenha em brasa,
névoa bailarina-guerreira.
é incrível,
desde que me pus a inventar versos
nunca mais fiquei entediado.
***
Sim, primeira postagem de 2016. Não falei de natal, não falei de ano novo. Tenho meus motivos. Queria prestar homenagem ao David Bowie, mas não há nada que eu possa fazer que o faça justiça.
Olá, você que ainda esbarra com esse canto obscuro e empoeirado da internet. Eu lancei um livro semana passada. Tá na Amazon. Talvez você goste de ler.
Meus agradecimentos a quem vier a comprar. Comprou? Leu? Gostou? Deixa lá um comentário pras pessoas ficarem sabendo que o livro é bacana.
Foi com muito pesar que na manhã de ontem eu recebi a notícia de que Júpiter Maçã, vulgo Flávio Basso, morreu na tarde de 21/12/2015. Sem necessidade de notas biográficas aqui, essas vocês podem encontrar em todos os cantos da internet agora que todos viraram fãs de longa data dele há dois dias, meu objetivo é divulgar os três discos dele que eu mais escutei e que eu mais gosto. Não é discografia completa, não é lista comparativa de "os melhores" qualquer coisa. É só porque eu li muita merda em comentários nesses últimos dias. Gente dizendo que nunca ouviu falar dele, famoso quem?, etc. Não sabe quem? Pois conheça. Esses discos vão facilitar seu trabalho.
Os Cascavelletes - Rock'a'Ula (1989)
Um rock bem direto ao ponto e, de certa maneira, datado. As baterias têm aquele som bem típico da década de 80. Mas isso não diminui a qualidade do som. Esse talvez seja o mais acessível de toda a discografia dele e o mais famoso - o que virou hit na época. Com letras rock 'n' roll, cheias de sacanagens claras ou veladas, sem grandes surpresas, o disco cumpre o que se propõe, e de vez em quando até surpreende com faixas como Gato Preto e Lobo da Estepe. Mas devo dizer que prefiro a carreira solo dele. Os ouvintes mais perceptivos vão reparar que ele pôde se deixar levar pela própria criatividade nos discos que vieram depois (para o bem ou para o mal).
A Sétima Efervescência - Júpiter Maçã (1997)
Primeiro disco solo. Não tão experimental quanto os seus sucessores e, provavelmente, o favorito da galera. Esse disco é foda. Vai do popular (Miss Lexotan, Lugar do Caralho) à vanguarda psicodélica (The Freaking Alice), esse é outro capaz de agradar qualquer um que goste da premissa principal: rock "recente" a moda antiga.
Uma Tarde na Fruteira - Júpiter Maçã (2008)
Se o 7ª Efervescência foi pouco inventivo e seus sucessores apelaram demais pro lado eletro-psico-bossa'n'roll, Uma Tarde na Fruteira, que seu não me engano é o último, serve de resumo perfeito para a carreira do cara. Tudo que ele fez pode ser encontrado nele, incluindo umas reprises aqui e ali aos seus clássicos. Esse é meu favorito, eu diria, com alguma dúvida. Em geral, todos valem a audição porque a verdade é que ele foi um dos músicos mais criativos e porras-loucas do Brasil nesses tempos não tão distantes e merece o reconhecimento como tal.