No último momento musical eu segui um tema, mesmo tendo dito no primeiro que temas não seriam seguidos. Eis a consistência desse blog servida numa bandeja para vocês, leitores. Em compensação, o mm de hoje, número quatro, trata de três músicos que não têm absolutamente nada a ver um com um outro - o que alguns poderiam considerar um tema (a falta de um tema), mas não me venham com historinhas conceituais. (Interrupção irrelevante da CIVouVI: o senhor nomeado administrador desse blog deve parar de falar com si próprio como se estivesse falando com leitores, todos sabemos, infelizmente, que o senhor não é capaz de reunir leitores. [Querem saber, seus putos da Comissão da Casa do Caralho, isso já perdeu a graça. Se eu sou um problema são grande, me substituam.] Esse é a melhor ideia que o senhor já teve em todo esse tempo de administração incompetente. [Muito boa essa, tô esperando sentado meu substituto. Ah, e essas interrupções tão previsíveis, ok?] Como o senhor quiser.) Bom, vamos aos músicos e seus álbuns.
David Bowie - Hunky Dory
O problema de falar sobre David Bowie é que ele não faz parte de um gênero musical, ele é um gênero musical, e um que muda frequentemente. Ele ganhou a reputação de camaleão com o passar dos anos, em parte merecida já que ele tem a tendência de mesclar com qualquer estilo que esteja na moda em determinado período, mas nunca é artificial. A "adaptação musical" é sempre do jeito dele, e é isso que eu acredito que faz a música dele tão memorável. Esse disco, Hunky Dory, de 1971, é um dos meus favoritos dele. Mas não me peçam pra classificá-lo. Escutem, vale mais a pena que ler o que eu estou escrevendo.
Karen Dalton - In My Own Time
Essa cantora...descobri da existência dela tão recentemente, mas ela gravou esse disco, uma das coisas mais perfeitas que eu já ouvi, em 1971 (ei, aparentemente essas escolhas têm algo em comum, mas não é intencional). Pela primeira vez na minha vida fiquei de luto pela morte de alguém que não conheci, e ela morreu em 1993. O mais trágico é que ela gravou três discos, em vida. Só. Tá certo que esse sozinho compensa pela discografia inteira de muitos artista. Sério, quando eu digo que minhas indicações são garantias, levem a sério pelo menos essa. Esse álbum vale a pena, não me importa do que você gosta, clique lá no play. Agora. Clicou, cretino(a)? Acho bom. Viu? Eu tava certo. Nunca mais duvide de mim. Fique de luto comigo.
The Brian Jonestown Massacre - Take It From the Man!
A década de 90 foi estranha pra música. Às vezes um estranho bom, outras um estranho ruim. Esse álbum representa todo o bem que a década de 90 fez pra música - que por sua vez foi tentar imitar a década de 60. Tem momentos experimentais que vão assustar um ou outro ouvinte, mas eu superestimo confio em meus leitores, sei que eles farão a escolha certa e ouvirão o disco (todos os três, a propósito. E no final verão cores e sentirão como se estivessem flutuando com a melodia.
Acho que eu fui persuasivo o suficiente. Chega, é um post sobre música, não sobre o quanto eu acho que todos deveriam ouvir a tal música. E se vocês não ouvirem, o problema é de vocês e somente de vocês - eu já me fiz o favor de conhecer cada uma das faixas de cada um desses discos.